A Associação Apiwtxa realizou nesta segunda-feira, 14, uma grande reunião para debater projetos e demandas de monitoramento do território. A comunidade decidiu sobre novas ações de observação contra invasores ao longo do igarapé Arara e de diálogo com as comunidades Ashaninka no Peru sobre a ameaça da estrada que cortará o rio Amônia.
“Está garantido na lei que é crime invadir Terra Indígena. Mas está na nossa tradição também que para alimentar nosso povo, temos que cuidar do nosso território. Temos que ajudar a natureza a ficar forte. Estão queimando a Amazônia, e vai ficando cada vez menor a floresta”, declarou Francisco Piyãko, uma das lideranças da comunidade. A comunidade decidiu, também, os locais em que será permitido a pesca de peixes ao longo do rio.
A comemoração da demarcação da Terra Indígena Kampa do Rio Amônia, que ocorre no próximo do 24 de junho, também foi tema da reunião. “Dia de comemorar nossa vitória, da conquista de poder viver tranquilo em nossa terra”, afirmou Francisco Piyãko. Devido a pandemia, neste ano a celebração será fechada apenas para a comunidade.
Além do monitoramento territorial, atualmente a Comunidade Apiwtxa está com projetos de construção de casas e de novos açudes, além do melhoramento de açudes antigos.