Os Ashaninka da comunidade Apiwtxa, situada na Terra Indígena Kampa do Rio Amônia, interior do Acre, se manifestaram sobre o desaparecimento e assassinato do indigenista Bruno Pereira e jornalista inglês Dom Phillips. As lideranças também cobram uma ação do governo federal na elucidação do caso.
Em maio deste ano, Dom Phillips visitou a Apiwtxa para conhecer de perto o protagonismo e sucesso dos Ashaninka em proteger sua terra, das artes e trabalho artesanal, da maneira de viver, e da sua cultura. Em suas redes sociais, as lideranças pediram “Justiça por Dom e Bruno”.
O líder indígena do povo Ashaninka, Francisco Piyãko comentou o desaparecimento de Dom Phillips e do indigenista da Funai, Bruno Pereira, com quem trabalhou na instituição.
“Dom era uma pessoa com muita sensibilidade, vinha realizando um trabalho excelente em divulgar nossas lutas, isso não faz mal a ninguém. Esperamos que o estado brasileiro não deixe impune uma situação como esta”, disse.
“Meu desejo é que o Estado Brasileiro aja! Que os autores sejam responsabilizados e punidos exemplarmente. Não podemos aceitar que lideranças que dão voz à situação que estamos enfrentando na Amazônia sejam perseguidas”, afirmou Francisco Piyãko.
O presidente da Associação Apiwtxa, Wewito Piyãko, pediu mais agilidade dos governos e governantes. “Eu espero que o governo federal tome as providências cabíveis para fazer o máximo para dar segurança às comunidades”, disse.