Situada na Terra Indígena Kampa do Rio Amônia, em Marechal Thaumaturgo, no Acre, a comunidade Apiwtxa protagonizou e participou, no último ano, de inúmeras atividades dentro e fora de seu território, que resultaram em importantes parcerias para o povo Ashaninka e o entorno.
Os intercâmbios fortaleceram as estratégias de proteção do território e da cultura indígena, bem como ampliaram as alianças locais, nacionais e internacionais em prol da floresta e de suas populações. As atividades vão de reuniões e agendas de debates desde o Peru, até em outros estados do Brasil.
“O trabalho de integração transfronteiriço é uma ação que a gente faz há muito tempo, pois é muito importante que estejamos alinhados no movimento para assegurar a proteção territorial e ambiental”, explica Wewito Piyãko, presidente da Associação Apiwtxa.
Ainda segundo o presidente da Associação Apiwtxa, o povo Ashaninka sempre desenvolveu ações envolvendo as comunidades ao entorno. “A gente não pensa somente no nosso território, a gente pensa também no entorno. Porque é importante que eles estejam cientes da necessidade de cada um cuidar do seu espaço”, salienta Wewito. A Apiwtxa, além de outras Terras Indígenas, faz fronteira também com a Reserva Extrativista Alto Juruá e com o Parque Nacional da Serra do Divisor.
O olhar globalizado dos Ashaninka do Acre tem viabilizado a troca de conhecimento, por meio de intercâmbios culturais e institucionais, que resultam no fortalecimento da Associação Apiwtxa e na troca de saberes entre povos indígenas do Brasil e Peru. “O nosso objetivo é comum, portanto, a melhor estratégia é atuar em parceria com quem tem esse entendimento e pensamento. E quem ainda não tem esse olhar, temos buscado sensibilizar”, reforça Wewito.
Parte dessas agendas, são apoiadas também pelo projeto Nossas Futuras Florestas – Amazônia Verde, em uma parceria da CI Brasil com a Apiwtxa. Confira mais sobre este trabalho em nossa página especial.